Em 1926, Freud em defesa a Theodor Reik, membro não médico da sociedade psicanalítica de Viena, escreve sua magnífica obra: “A questão da Análise Leiga”.
Ali, a partir de um relato não técnico produz um dos trabalhos teórico e prático mais bem sucedidos da psicanálise, em seu estilo mais vivo e leve, pelas palavras do editor da tradução francesa.
Em vários momentos da sua obra, Freud, defendeu a sua posição de que a psicanálise é um método que desde a sua origem se aventurou em um mundo novo e desconhecido até então. E que neste caminho quanto mais se (ele) avança (va) mais se afasta (va) da sua “matriz” neurológica. Em “A Questão da Análise Leiga” Freud deixa claras as diferenças entre as explicações fisiológicas e as psicológicas, afirmando inclusive que a psicologia da época, até então, ela mesma não havia sido capaz de explicações que não fossem da ordem do fisiológico!
Como veria Freud o movimento atual de união da Psicanálise e da Neurociência? Ousado de nossa parte atrevermo-nos a tal adivinhação, mas nem tanto se apenas nos basearmos nos seus próprios trabalhos. Esta posição faz-nos sentir um tanto quanto confortáveis para a empreitada.
Inegavelmente quando Freud em 1900 escreve “A Interpretação dos Sonhos” e rompe com “O Projeto para uma Psicologia Científica”, seu ato, que dá origem ao nascimento da Psicanálise, encerra em si não uma atitude leviana, mas uma nova forma de pensar e uma escolha de vida.
O nascimento da Psicanálise divide espaço em seu útero com um novo paradigma a ser vivenciado pela humanidade. Não haverá nos seus trabalhos posteriores nenhuma mistura dos antigos conceitos neurológicos, ate serem apresentados os escritos sobre a Afasia em 1891.
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