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O que é essa tal neurose?

Segundo o médico neurologista e criador da psicanálise, Sigmund Freud, a neurose é resultado de um conflito entre o Superego (o componente da personalidade formado por seus ideais, regras sociais internalizados)  e o Id (regido pelo princípio do prazer). O Ego  (formado pelas experiências do indivíduo) não tem estrutura fortalecida para atuar como intermediário dessas forças.

Não há um fator único que pode ser creditado como a causa das neuroses. Entende-se que elas são distúrbios do desenvolvimento da personalidade que começam a aparecer precocemente na infância, mas só podem ser diagnosticados mais tarde.

Além disso, a neurose também pode estar relacionada aos fatores hereditários, mais especificamente aos modelos de identificação, e os conflitos psicológicos aos quais a criança é exposta durante a vida.

Quais são os sintomas?

A manifestação dos sintomas varia de acordo com cada paciente, mas na maioria das vezes está ligada ao excessivo e incontrolável. Geralmente, o neurótico tem medo de situações cotidianas, preocupa-se constantemente, apresenta fobias diversas, alterações de humor, traços histéricos, medo de ir a certos lugares, e podem desenvolver tendência obsessiva-compulsiva.

Trata-se de uma reação exacerbada do sistema nervoso em relação à uma experiência vivenciada. O indivíduo pode estar ciente de certas consequências que a sua neurose causa, mas se sente impotente para agir e modificá-las.

Quais são os tipos de neurose?

Cientificamente, os especialistas classificam quatro tipos de neuroses:

  • neurose de angústia, na qual a pessoa sente-se angustiada frequentemente. O sintoma se manifesta por meio de crises diante de um perigo real ou simbólico;

  • neurose obsessiva, em que há a predominância de obsessões e compulsões, que se estabelecem por ritos conjugatórios;

  • neurose histérica, que caracteriza-se por meio da transformação de conflitos psicológicos em sintomas orgânicos e dissociações da consciência;

  • neurose fóbica, cujo sintoma principal é o medo de diferentes coisas e situações, que impede o sujeito de se aproximar das mesmas.

Como a psicanálise ajuda o neurótico?

A psicanálise realiza um trabalho de análise capaz de ajudar o neurótico a perceber a sua dualidade de comportamento. A partir das práticas aplicadas pelo psicanalista é possível fortalecer o Ego da individualidade do sujeito.

Dessa forma, a pessoa consegue encontrar o equilíbrio entre o seu ID e Superego, de modo a conviver melhor com as suas características e ao longo do tempo neutralizar os seus sintomas comportamentais.

Como você pode perceber, na neurose e psicanálise é necessário observar o paciente individualmente, visto que ocorrem variações em indivíduo. Somente assim pode-se estabelecer a análise apropriada para cada caso.



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