A esquizofrenia é uma perturbação mental caracterizada por comportamento social fora do normal e pela incapacidade de distinguir o que é ou não real.
Entre os sintomas mais comuns estão delírios, pensamento confuso ou pouco claro, alucinações auditivas, diminuição da interação social e da expressão de emoções e falta de motivação..
As pessoas com esquizofrenia apresentam muitas vezes outros problemas de saúde mental, como perturbações de ansiedade, depressão ou perturbações por abuso de substâncias.Os sintomas geralmente manifestam-se de forma gradual, desde o início da idade adulta e permanecem durante um longo período de tempo.
A esquizofrenia afeta tanto homens quanto mulheres. Geralmente começa na adolescência ou na fase adulta jovem, mas pode começar em idade mais avançada. Nas mulheres, a esquizofrenia tende a começar mais tarde e ser mais branda.
Causas
Não existe uma causa única para o desencadear deste transtorno. Assim como o prognóstico é incerto para muitos quadros, a etiologia das psicoses, principalmente da esquizofrenia, é incerta, ou melhor, de causação multifatorial.
Admite-se hoje que várias causas concorrem entre si para o aparecimento, como: quadro psicológico; o ambiente; histórico familiar da doença e de outros transtornos mentais; e mais recentemente tem-se admitido a possibilidade de que o uso de substâncias psicoativas podem ser responsáveis pelo desencadeamento de surtos e afloração de quadros psicóticos, embora não possamos afirmar que as substâncias psicoativas causem esquizofrenia.
Classificação
A Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), na CID-10, publicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), conclui que “num certo número de casos, que varia segundo as culturas e as populações, a evolução dirige-se para uma cura completa ou quase completa”.
O diagnóstico da esquizofrenia, como sucede com a grande maioria dos transtornos mentais e demais psicopatologias, não se pode efetuar através da análise de parâmetros fisiológicos ou bioquímicos e resulta apenas da observação clínica cuidadosa das manifestações do transtorno ao longo do tempo. Quando do diagnóstico, é importante que o médico exclua outras doenças ou condições que possam produzir sintomas psicóticos semelhantes (uso de drogas, epilepsia, tumor cerebral, alterações metabólicas). O diagnóstico da esquizofrenia é por vezes difícil.
Para além do diagnóstico, é importante que o profissional identifique qual é o subtipo de esquizofrenia em que o paciente se encontra.
Atualmente, segundo o DSM IV, existem cinco tipos:
Paranoide: é a forma que mais facilmente é identificada com a doença e na qual predominam os sintomas positivos. O quadro clínico é dominado por um delírio paranoide relativamente bem organizado. Os doentes de esquizofrenia paranoide são desconfiados, reservados, podendo ter comportamentos agressivos.
Desorganizado: os sintomas afetivos e as alterações do pensamento são predominantes. As ideias delirantes, embora presentes, não são organizadas. Em alguns doentes pode ocorrer uma irritabilidade associada a comportamentos agressivos. Existe um contato muito pobre com a realidade.
Catatônico: caracterizado pelo predomínio de sintomas motores e por alterações da atividade, que podem variar desde um estado de cansaço e acinesia até à excitação.
Indiferenciado: apresenta habitualmente um desenvolvimento insidioso com um isolamento social marcado e uma diminuição no desempenho laboral e intelectual. Observa-se nestes doentes uma certa apatia e indiferença relativamente ao mundo exterior.
Residual : existe um predomínio de sintomas negativos e os doentes apresentam um isolamento social marcado por um embotamento afetivo e uma pobreza ao nível do conteúdo do pensamento.
Existe também a denominada esquizofrenia hebefrênica que incide desde a adolescência, com o pior dos prognósticos em relação às demais variações da doença e com grandes probabilidades de prejuízos cognitivos e sociocomportamentais. Atualmente, todos os tipos de esquizofrenia foram fundidos em um diagnóstico denominado de Espectro Esquizofrênico (de acordo com o DSM-5 e OMS).
Existem dois tipos principais de medicação: os antipsicóticos típicos convencionais e os antipsicóticos atípicos de nova geração.
Os antipsicóticos típicos convencionais controlam efetivamente os sintomas positivos, como alucinações, delírios e confusão da esquizofrenia. Dentre os antipsicóticos típicos destacam-se:
Clorpromazina (Thorazine)
Haloperidol (Haldol)
Mesoridazina (Serentil)
Perfenazina (Trilafon)
Flufenazina (Proxlixina)
Tioridazina (Mellaril)
Thiothixene (Navane)
Trifluoperazina (Stelazine)
Os antipsicóticos atípicos de nova geração tratam os sintomas positivos e negativos da esquizofrenia, frequentemente com menos efeitos colaterais.
Alguns antipsicóticos atípicos são:
Aripiprazol (Abilify, Aristada)
Asenapina (Saphris)
Brexpiprazol (Rexulti)
Cariprazina (Vraylar)
Clozapina (Clozaril, FazaClo, Versacloz)
Iloperidona (Fanapt)
Lurasidona (Latuda)
Olanzapina (Zyprexa)
Paliperidona (Invega)
Quetiapina (Seroquel)
Risperidona (Risperdal)
Ziprasidona (Geodon)
Uma terceira categoria menor de drogas usadas para tratar a esquizofrenia é conhecida como “agentes antipsicóticos diversos”.
Os agentes antipsicóticos diversos funcionam de maneira diferente dos medicamentos antipsicóticos típicos ou atípicos. A loxapina (Adasuve, Loxitane) é um desses antipsicóticos diversos e é usada para tratar a agitação em pessoas com esquizofrenia.
De
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esquizofrenia
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