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E a teoria psicanalítica começa a ganhar sua forma...

Atualizado: 14 de abr. de 2020

Entre as suas hipóteses iniciais, Freud acreditava que a histeria“provinha do recalque de traumas reais ou imaginados no inconsciente e que o objetivo da psicanálise era trazer as recordações recalcadas à tona para que o paciente pudesse chegar à descoberta das causas do seu problema.

Para explorar o inconsciente, Freud desenvolveu o procedimento da livre associação, na qual a pessoa diz o que lhe vem à mente – e a análise dos sonhos – na qual o conteúdo superficial ou “manifesto”dos sonhos é examinado para que se descubra seu conteúdo subjacente ou “latente”. Para Freud todo sonho representa a satisfação de um desejo”. p. 445


O Método

Através do método da associação livre, o paciente era convidado a deitar-se no divã, como forma de incentiva-lo a dizer o que viesse a sua cabeça, sem censuras. Nem todos pacientes conseguiam se soltar e falar tudo que viesse a sua cabeça, o que levou Freud a criar o conceito de Resistência.  Ele acreditava que nas resistências aparecia o sinal de que o paciente poderia estar chegando a raiz do seu problema. “Por exemplo: se uma paciente deprimida tivesse resistência em contar ao terapeuta que se sentia atraída pelo cunhado, o qual, além de parecer-se um pouco com seu próprio pai, também compartilhava com este alguns hábitos ou atitudes, Freud imediatamente começaria a pensar que os problemas dessa paciente poderiam decorrer de sentimentos não resolvidos em relação ao pai”. p. 429




A análise dos sonhos também era utilizado por Freud como forma de acessar e explorar o inconsciente. Ele iniciou os seus estudos a partir de si mesmo, tentando psicanalisar a si mesmo, “tarefa que empreendeu no fim da década de 1890.”

Como era capaz de se lembrar com detalhes dos seus próprios sonhos, ele descobre que os sonhos lhe fornecia uma fonte rica de informações e que poderia servir como ponto de partida para as associações livres. 

Assim, ele publica A Interpretação dos Sonhos, em 1900, sendo considerado um dos seus livros mais importantes.



A Importância da pulsão sexual.

A medida que Freud ouvia seus pacientes, através dos seus métodos iniciais, principalmente com pacientes histéricos, ele se convence de que os problemas sexuais não resolvidos estavam presentes nas questões problemáticas de seus pacientes. Ele acreditava que, no caso da histeria, era resultado de algum tipo de abuso sexual na infância por parte de algum adulto ou dos próprios pais. “E, como a criança não tinha compreensão do que estava ocorrendo, a experiência era esquecida, enterrrada no fundo do inconsciente. Algum tempo depois da chegada da puberdade, quando a pessoa começava a compreender e viver a sexualidade madura, essa lembrança enterrada tanto tempo antes viria à tona sob a forma de um ou mais sintomas histéricos “(Gleaves e Hernandez, 1999, apud Goodwin C. J. 2010 p.430).


Com o tempo Freud percebe que essa teoria chamada de teoria da sedução não poderia ser simples assim, e que era possível que os eventos sexuais da infância não fossem todos reais, mas sim imaginários. “(…) e de que a sexualidade não começava na adolescência mas existia em alguma forma desde a mais tenra infância”. Goodwin, 2010 p. 430


Segundo Goodwin, nessa mesma época, já havia outros estudiosos que estavam estudando essas ideias sobre a possibilidade da sexualidade infantil como é o caso do famoso “sexólogo Havelock Ellis que também estava sugerindo que as energias sexuais estavam presentes na infância e que a sexualidade recalcada estava relacionada as psicopatologias subsequentes. Com efeito na década de 1890 foram publicados vários livros sobre a sexualidade, infantil ou não, e Freud tinha pleno conhecimento deles”. (Sulloway, 1979 apud Goodwin, 2010).


Referências

Freud S, Breuer J. Estudos sobre a histeria (1895). In: Salomão J (trad.). Obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago; 1995.

GOODWIN, C. J. – História da psicologia moderna – Tradução Marta Rosa –  4a ed. – São Paulo: Cultrix, 2010.


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