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Dr. Charcot: o "salvador" das histéricas.

Atualizado: 14 de abr. de 2020

Jean-Martin Charcot (1825-1893) era um famoso neurologista naquela época que trabalhava no Hospital Salpêtrière onde Freud (aos 30 anos) esteve durante quatro meses e meio, (de 13/10/1885 a 28/02/1886) acompanhando os trabalhos de Charcot..

(...) Na história da medicina, Charcot ocupa posição lendária. Trabalhando em La Salpêtrière desde 1862, foi nomeado professor de anatomia patológica em 1872 e em 1881 conseguiu, com os necessários apoios políticos, a criação da primeira cátedra de doenças nervosas. Sua atuação fundamentava-se numa clínica do visível, que seria seu paradigma, em consonância com o postulado ‘escópico’ de Claude Bernard (1813-1878) e com o olhar clínico tributário da própria clínica médica emergente no século XIX, que Foucault (2008) identifica como a clínica da observação. Charcot não só criou seu próprio conceito nosológico de histeria, ao diferenciá-la da epilepsia, como também lhe atribuiu identidade visual. Transformou La Salpêtrière num local adequado à clínica e ao ensino e criou, entre outros, o Serviço de Fotografia, no qual contava com a colaboração de seus discípulos médicos (Gilles de la Tourette, Richer e Bourneville) e fotógrafos (Londe e Régnard) para efetivar a eficácia de seu olhar médico. Mediante a fabricação de imagens, procurou concretizar seu tríplice projeto, científico, pedagógico e terapêutico, em que a fotografia era ao mesmo tempo procedimento experimental (laboratorial) e museográfico (arquivo científico) e meio de ensino (transmissão de conhecimento).”



Foi Charcot quem possibilitou ahumanização no tratamento da histéricas e cabe a ele também o fato da histeria poder ser um objeto de estudo da ciência médica, possibilitando as pacientes uma “luz no fim do túnel” que não fosse o internamento e/ou o afastamento do convívio social e até mesmo a morte prematura.

Caberá também a Charcot o fato de a histeria não ser uma doença que atingia apenas as mulheres, ele apresentou a possibilidade de homens histéricos.


Referências

Freud S, Breuer J. Estudos sobre a histeria (1895). In: Salomão J (trad.). Obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago; 1995.

GOODWIN, C. J. – História da psicologia moderna – Tradução Marta Rosa –  4a ed. – São Paulo: Cultrix, 2010.


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