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As três fases de desenvolvimento da técnica psicanalítica :

Atualizado: 14 de abr. de 2020

Freud ainda é um médico jovem iniciava-se os seus estudos e, ao passar um tempo na França, em 1888,  conhecendo os métodos de um renomado médico da época, Jean-Martin Charcot.

Observando  alguns sintomas de algumas pacientes histéricas, começou então a observar, tratar, discutir e, assim iniciou as suas hipóteses e teorias.




Em dois textos de Freud, um de 1914 “Recordar, repetir e elaborar” e outro texto de 1925 “Um estudo autobiográfico”, onde ele nos fala sobre a técnica psicanalítica, Freud cita as três fases de desenvolvimento dessa técnica:

  • A fase do método catártico - este método é uma ideia que vinha dos gregos, ligada a tragédia. Segundo Aristóteles, a tragédia tinha como objetivo que as pessoas sentissem, através dos personagens, se colocando na situação do sofrimento através dos personagens, era como se as pessoas pudessem se comparar aos personagens,  e pudessem assim a passar por um processo de transformação. Esse processo era assim chamado de catarse. Assim, o metodo, através do hipnotismo, visando produzir uma retomada dos afetos e poder assim, através da fala da paciente. Segundo Freud, “Em sua primeira fase – a da catarse de Breuer – ela consistia em focalizar diretamente o momento em que o sintoma se formava, e em esforçar-se persistentemente por reproduzir os processos mentais envolvidos nessa situação, a fim de dirigir-lhes a descarga ao longo do caminho da atividade consciente. Recordar e ab-reagir, com o auxílio, era a que, àquela época, se visava”. Freud decidiu abandonar esse método (hipnotico) e, no ano de 1925, escreve sobre as dificuldades encontradas, tais como: nem todos os pacientes se deixavam hipnotizar; aqueles que aderiam ao tratamento e mesmo hipnotizado nem sempre atingia um estado profundo


  • A fase da Associação-livre - O paciente deverá falar o que lhe vier a cabeça, mesmo que pareça que aquilo que está falando nem sempre é o que conscientemente gostaria de falar, como por exemplo algo que venha a sua cabeça mesmo que isso possa lhe trazer uma certa vergonha, ou qualquer coisa tola. É nesse momento, que poderá trazer para a análise algo que nem sequer ele mesmo recordava, mas que estava ali em sua história passada e, que em alguns casos, seria a causa dos problemas hoje enfrentados por ele. Segundo Freud:  “As situações que haviam ocasionado a formação do sintoma e as outras anteriores ao momento em que a doença irrompeu conservaram seu lugar como foco de interesse; mas o elemento da ab-reação retrocedeu para segundo plano e pareceu ser substituído pelo dispêndio de trabalho que o paciente tinha de fazer por ser obrigado a superar sua censura das associações livres, de acordo com a regra fundamental da psicanálise.”


  • A fase da interpretação - A partir da descoberta da resistência, em 1914, Freud utiliza-se da interpretação como forma de identificar e tornar conscientes ao paciente as suas resistências. A partir do momento que o paciente passa a conhecer suas resistências que até então não tinha conhecimento das mesmas, ele pode trabalhá-la e vencê-las, podendo assim trazer sem dificuldades as associações que poderão ser a causa de seus sintomas. Nas palavras de Freud: “Finalmente, desenvolveu-se a técnica sistemática hoje utilizada, na qual o analista abandona a tentativa de colocar em foco um momento ou problema específicos. Contenta-se em estudar tudo o que se ache presente, de momento, na superfície da mente do paciente, e emprega a arte da interpretação principalmente para identificar as resistências que lá aparecem, e torná-las conscientes ao paciente.”


Referências

FREUD, S. O Caso Schreber, Artigos sobre Técnicas e Outros Trabalhos (1911-1913), Volume XII – da Edição Standart Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud.

FREUD, S. O Caso Schreber, Artigos sobre Técnicas e Outros Trabalhos (1911-1913), Volume XII – da Edição Standart Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freu


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